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A fome no nosso próprio país

  • o meu mundo e o teu
  • 25 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Segundo a revista Visão:

Mesmo sendo Portugal, um país desenvolvido a nível social e económico, ainda encontramos muitas famílias portuguesas que não comem corretamente (saltam as refeições) por não existir comida suficiente em casa. Eu própria tenho uma conhecida que vive em tal situação e tem dificuldade em gerir o pouco dinheiro que tem para comprar as suas refeições e, ás vezes chega até a comer na casa de outrem para não passar fome. Muitas vezes, a falta de alimentação, faz essas famílias esticar orçamentos ou recorrer a comida de muita má qualidade e com excesso de calorias para obter os nutrientes necessários de forma a aguentar o dia.

O problema não é só de Portugal, atinge muitos outros países europeus, muitos deles em pior situação. Já para não falar dos países africanos e dos países em guerra. Esses, sim, sofrem situações mesmo precárias que, infelizmente, devido à enorme quantidade de pessoas que passa fome, é um assunto difícil de resolver. Por agora, falaremos do caso português; mais tarde, falarei convosco do caso de outros países.

Infelizmente, as soluções apresentadas para este tipo de problema, os programas contra a fome, como os bancos alimentares ou as instituições de caridade, não tratam a causa fundamental da fome: a dificuldade de gerir o orçamento para comprar comida. Ao diminuírem o problema, oferecendo alimentos, não resolvem a incapacidade das famílias para gerirem o seu orçamento alimentar. Para que tal não aconteça, devia-se fazer programas de apoio que visem guiar as pessoas a gerir melhor as suas economias a fim de conseguirem tomar todas as suas refeições e não passarem fome.

Nesse seguimento, têm aparecido diversas iniciativas pelo mundo fora, onde a par da distribuição de comida para as famílias mais carenciadas, surgem também programas de apoio à confeção, conservação e reaproveitamento dos alimentos, através de nutricionistas e outros profissionais de saúde. Contudo, para o fazer, é preciso que alguém formado na área médica e de gestão disponibilize o seu tempo. Além de que seria preciso também um investimento económico para tal se realizar. A União Europeia possui diversos programas de ajuda alimentar, tal como acontece nos Estados Unidos da América, onde os grandes contribuintes são a indústria agrícola e alimentar, utilizados frequentemente por serem alimentos de maior conservação. Infelizmente, e em muitos casos, esses alimentos são muito calóricos, contribuindo para o aumento dos casos de doenças cardiovasculares nas pessoas que recebem esta ajuda a longo prazo.

A ajuda alimentar necessita de ser cada vez mais promotora da saúde e não apenas distribuidora de calorias com pouco valor nutricional e com pouca supervisão. Deviam-se criar sistemas que permitam a participação da agricultura e agro-indústria nacionais no apoio aos mais necessitados. Sempre que possível deve incorporar produtos frescos e da nossa tradição alimentar. E sobre toda esta oferta deve poder existir espaço para a capacitação dos que recebem ajuda alimentar, para serem capazes de produzir refeições saudáveis mas adequadas ao seu gosto e cultura.

Há, pelo menos, 300 mil a passar fome em Portugal.

Agora, vou mostrar-vos um vídeo de 2013, altura da crise em Portugal; felizmente, desde essa altura, o nosso país melhorou bastante, hoje em dia já não há tanta fome, mesmo assim continua a ser um assunto muito aterrorizante:

Bom, espero que tenham gostado de saber e descobrir mais sobre a situação do nosso país... É realmente muito triste e faz aflição... Perguntamos-nos até Como é que isto é possível?....

Beijinhos e até a uma próxima vez.

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